Promessas e compromisso

 Em Coaching, Colaboração, Cultura de Empresa, Desenvolvimento, Liderança, Mudança, Planeamento e Gestão de Prioridades, Propósito

As resoluções, sejam de ano novo, a meio do ano ou no final, são importantes. Sinalizam um desejo de mudança e crescimento. Para que a mudança e o crescimento aconteçam há que definir metas, só que não chega. É necessário adaptá-las à realidade e garantirmos o compromisso em persistir, mesmo diante dos obstáculos, dificuldades ou desafios que naturalmente vão surgir. Caso contrário as resoluções são apenas promessas que no final do primeiro mês já foram esquecidas.

No mundo do trabalho, a dificuldade em cumprir metas pode ser explicada por fatores semelhantes aos das resoluções pessoais: a falta de clareza nos objectivos, sabemo-lo, leva a esforços dispersos e resultados abaixo do esperado; a desconexão com a realidade , i.e., não avaliar o contexto do mercado e as reais capacidades da organização, os recursos disponíveis como equipa, tempo e orçamento, tem um impacto quase imediato no grau de  compromisso de cada um.

Isto para não falar da ausência de um plano de execução, que é mais frequente do que possamos pensar. Uma grande resolução só será cumprida se houver pequenas acções diárias e mensuráveis que contribuam para o resultado final. Todos teremos exemplos de pequenos passos que têm um grande impacto. Mas não basta ter um plano se não existir acompanhamento contínuo, é preciso monitorizar e fazer ajustes ao longo do caminho, sobretudo quando hoje a realidade  se altera a todo o momento. Além disso, o acompanhamento – desde que não se transforme em micro gestão –  é uma arma poderosa para manter as pessoas comprometidas. Assim como uma pessoa que deseja mudar de vida, uma organização deve estar disposta a aprender, ajustar e persistir, já que a verdadeira transformação ocorre ao longo do caminho, não num único momento de decisão.

O compromisso das pessoas é a palavra chave para que a execução dos planos de uma organização seja bem sucedida. Essa  é a boa notícia; a má é que esse é o maior desafio que os líderes têm de enfrentar.  Assim como as pessoas abandonam resoluções que não fazem sentido nas  suas vidas, também as empresas têm necessidade de  garantir que as suas metas estão alinhadas com a sua visão e valores. Quando o plano está desalinhado com os valores da organização e os das próprias pessoas, estas perdem rapidamente o foco, já um objetivo com propósito tem muito mais probabilidades de ser cumprido.

Há algumas perguntas que podem ajudar a definir um plano de acção e o seu acompanhamento: O que queremos verdadeiramente? O que vamos deixar de fazer? Qual é a acção mais importante do dia a dia para onde dirijo o meu compromisso, o mesmo é dizer qual é o objectivo que deve regular todos os outros? Quais são as tarefas, crenças e pessoas que nos bloqueiam a acção?

São perguntas válidas tanto para pessoas como para organizações, afinal estas são feitas daquelas.

Boas resoluções para o Novo Ano!