Que diversidade e que inclusão?

 Em Cultura de Empresa, Mudança

Já trabalhou com alguém que passou por um período difícil emocionalmente?

Segundo a OMS, uma em cada quatro pessoas terá um problema de saúde mental ao longo da vida. Isso significa que, provavelmente, em qualquer empresa, há alguém que enfrenta esse desafio neste momento.

Apesar disso, muitas empresas ainda não sabem como apoiar essas pessoas e o estigma faz com que poucas  se sintam confortáveis para falar sobre o assunto.

Numa época em que o tema da diversidade e inclusão é relevante e em que a saúde mental tem assumido protagonismo, como podemos criar ambientes de trabalho mais inclusivos para pessoas com experiência de doença mental e quais são os benefícios  para  colaboradores e empresas?

O estigma e o preconceito, a falta de conhecimento e o impacto no trabalho são as barreiras mais comuns à integração de pessoas com doença mental. O medo da discriminação faz com que muitas queiram esconder a sua situação. As empresas e os colegas não sabem como apoiar e, na verdade, são pessoas cuja produtividade pode ser afectada.

Promover a sensibilização e a compreensão destas condições no contexto empresarial é crucial para combater o estigma e fomentar uma cultura de inclusão. A implementação de estratégias de apoio, como programas de reabilitação psicossocial e adaptações no ambiente de trabalho, podem facilitar a integração e melhorar a qualidade de vida das pessoas com perturbações psicóticas, como a esquizofrenia ou a bipolaridade. Estas pessoas podem desempenhar diversas funções numa empresa, desde que sejam consideradas as suas necessidades individuais e que tenham o apoio adequado. A chave está na personalização do ambiente de trabalho, garantindo estabilidade, previsibilidade e apoio. Alguns exemplos podem incluir funções que impliquem rotinas previsíveis e estruturadas e interação social menos intensa, como programadores, analistas de dados, repositores de stocks ou mesmo funções mais criativas como designer gráfico ou ilustradores.

Para tal existem algumas boas práticas, já em algumas empresas, que passam pela sensibilização e treino dos gestores e das equipas para lidar com estas situações e, também,  por políticas de bem-estar que incluem psicólogos. Constrói-se assim um ambiente que permite o à- vontade para abordar o tema e os benefícios para a organização  podem incluir maior inovação e produtividade e mais compromisso dos trabalhadores.

Com as adaptações certas, muitas pessoas com doença mental podem desenvolver carreiras produtivas e significativas.

O que está disposto/a a fazer para tornar a sua empresa mais inclusiva?