Eles não me querem chatear

 Em Cultura de Empresa, Gestão de Talento

Recentemente, em conversa com uma pessoa considerada millennial, ela diz-me, a propósito da negociação de umas condições extra contrato de trabalho, “Eu já percebi que eles não me querem chatear”. O tom era o de quem sabia quanto vale mas ao mesmo tempo sem querer “esticar a corda”, mantendo a sensatez. Trata-se de alguém considerado um talento e que tem feito uma progressão rápida e sustentada na empresa onde trabalha.

Dei comigo a reflectir sobre o perigo que existe para algumas organizações ao reverenciarem aqueles que consideram talentos pelo receio, justificado, de os perderem. Como se passassem do 8 ao 80, “Se queres é o que temos para oferecer” ou, “Até onde temos que ceder para ficares”.

Para evitar esta polarização de atitudes e criar um equilíbrio que se revelará importante no médio prazo, é importante que os talentos, sejam millennials ou a geração mais recente, adquiram uma perspectiva que os leve a interiorizar algumas regras.

Ao ler um artigo, justamente chamado

9 Brutal Truths Every Millennial Looking for a Job Needs to Hear

( 9 verdades brutais que todos os millennial à procura de trabalho precisam de ouvir), escolhi algumas que me parecem mais ilustrativas do que tenho observado:

Todas as organizações têm o seu ambiente de trabalho com prós e contras. É o que você faz com eles que interessa. Pode ter tarefas de que não gosta ou ser obrigado a trabalhar mais horas do que quer. Pode sempre ver isso como um castigo ou como uma oportunidade. A lição que aprender depende da sua perspectiva.

O sucesso de longo prazo, é saber aquilo que não sabe. Significa que saltitar de emprego em emprego e inflaccionar o curriculum com competências que mal adquiriu é o contrário de aceitar a aprendizagem que uma oportunidade de trabalho lhe traz.

O seu salário não cai do céu o que resumido quer dizer que não deve tomá-lo como garantido e que tem de provar que o merece.

Ninguém lhe deve nada. Nem trabalho, nem clientes, nem salário. Vai ter que conseguir tudo isso.

Há mais cinco regras que pode ler no artigo completo.

E entretanto, as empresas que ainda não o fazem, podem integrar no seu marketing de recrutamento e na altura da integração de novas pessoas, uma verdadeira cultura win/win.