Onde está o líder?
Num recente workshop que tive oportunidade de dirigir em dado momento foi necessário simular uma reunião com determinadas regras. Várias pessoas perguntaram de imediato quem seria o líder da reunião. A ideia era que a liderança poderia ser de um elemento do grupo, de todos ou de alguns, ou seja, que seria importante controlar o tempo, que todos pudessem ter a palavra. Mas na realidade haver um líder designado não era a questão. O que se pretendia era que a inteligência do grupo, enquanto tal, funcionasse para resolver um ou mais problemas trazidos por cada um dos seus elementos. Colaboração era a palavra. No final, todos conseguiram ou encontrar uma solução para o seu problema, ou olhar para ele de maneira diferente.
A resistência inicial deste grupo à ausência de uma liderança designada, levou-me a ir buscar um testemunho de Andrew Lucas-Walsh, Product Design Manager do Facebook que coloca a questão: “é mesmo necessário ocupar um cargo de chefia para liderar pessoas?” Parece que naquela empresa tornar-se chefia não é visto como promoção, está apenas a mudar-se o foco no sentido de ter um papel mais estratégico dentro da equipa. Como? Através de sessões de mentoring que guiam a pessoa nesse caminho.
É MESMO NECESSÁRIO OCUPAR UM CARGO DE CHEFIA PARA LIDERAR PESSOAS?
O que Lucas-Walsh sugere como fazendo parte desse papel estratégico tem a ver com uma atitude colaborativa:
- Dinamizar conversas dentro da equipa a que se pertence
- Ter iniciativa
- Colaborar para além da sua própria equipa
- Pedir e dar feedback honesto
- Fazer acontecer
- Ser mentor
- Mostrar o que precisa melhorar
Serão estes atributos de uma liderança que o mundo exige que seja hoje mais colaborativa?
Leia aqui o testemunho completo.