As boas intenções

 Em Planeamento e Gestão de Prioridades, Prioridades, Propósito

Costuma cumprir os objectivos que traça no início de mais um ano? Se sim, excelente.

Ou será que no final de Janeiro, já entrou na engrenagem habitual e aquilo que definiu no primeiro dia do ano parece longínquo? Já pensou porquê?

Um artigo da Time  que remonta a 2015 e que de resto já referenciei dá-lhe pistas para que aquilo que definiu para  o seu novo ano seja cumprido. Inclui tudo o que aprendemos na gestão: planeamento, a velha máxima que apela a “comer o elefante aos bocados”, ou seja, definir etapas, ter incentivos e outras.

Mas uma das pistas que mais sentido me fez foi a de ter cuidado com os planos B. Não se trata de não os desenhar, mas sim de ter cuidado. Porquê? Porque nos podem levar ao excesso de confiança e a aceitar o falhanço mais facilmente.

A última dica é o ter cuidado na maneira como utilizamos a força de vontade que tem de ser aplicada onde é mais necessária, isto é, nada de desperdiçar energia. E começar, claro. Muitas vezes não começamos, mais do que por preguiça  pela tendência a adiar – a tão falada procrastinação, que pode camuflar o perfeccionismo e o medo do falhanço.

Entretanto, e a propósito do desperdício de energia, David Bradley, que revitalizou a revista The Atlantic, costumava utilizar um exercício simples que consistia em escrever de um lado de uma folha de papel os principais objectivos, sob a pergunta, “o que tenho para oferecer ao mundo?” e do outro lado a agenda, “como é que de facto preencho os meus dias”. É fácil de perceber onde vai parar esta prática: qual é a proximidade ou o afastamento entre aquilo que quero deveras fazer e o que faço na realidade.

Fazer este exercício pode ser uma boa maneira de começar um ano que se avizinha sombrio para o mundo.

Bom 2024!