Por favor, tenha medo

Tem-se repetido à exaustão que errar deve ser permitido. Errar, significa que se fez alguma coisa, que se ousou e também sabemos que antes de uma ideia se transformar em algo de concreto e de ser bem sucedida, muitas foram para o lixo. Um erro pode e deve ensinar-nos. O que nos deve pôr a pensar é a repetição do mesmo erro.

Há organizações onde a permissividade face ao erro  é, de facto, uma realidade. No entanto, existem ainda muitas empresas onde o erro é visto como uma catástrofe e onde se instala uma cultura de medo de falhar.

Como se reconhece essa cultura? Pela passividade por parte dos colaboradores(‘só faço o que me pedem’), pela ausência de trabalho de equipa (‘tenho que salvar a minha pele’), pela falta de criatividade e de inovação (‘não vou arriscar’) pela dificuldade em reter talento (‘aqui não aprendo e não me desenvolvo’) ou seja, por uma performance fraca.

Pelo contrário, as empresas que permitem o erro e que acompanham a evolução dos seus colaboradores, estão a fazer um investimento em criatividade e inovação, têm capacidade para atrair talento para além de conseguirem ter pessoas mais felizes e cooperantes. E também tem sido repetido e provado que uma organização onde as pessoas são felizes, é uma organização produtiva.

Da próxima vez que alguém errar na sua empresa, tente conhecer o como e o porquê, faça com que a pessoa perceba o impacto desse erro e que não volte a repeti-lo.