Com João Vieira Lopes – Presidente da CCP

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Como descreve o seu estado de espírito actual?

Saturado da situação que estamos a viver, e céptico quanto ao caminho  de evolução que gostaria que  o país tivesse.

Qual o seu maior receio neste momento?

As inevitáveis novas soluções que vislumbro, não significam muito provavelmente grandes diferenças para a resolução dos problemas com que nos defrontamos.

Qual a maior extravagância que por estes dias lhe apetece fazer?

Depois dos milhares de kilómetros que  percorri nos Estados Unidos, voltar, e fazer a Route 66.

Qual a frase/expressão que mais tem utilizado ultimamente?

Já não tenho paciência. Estou saturado disto tudo.

O sonho é importante para a vida?

Sem sonhos é impossível haver vida. Mesmo que nem todos se concretizem.

Inteligência Artificial: preocupação ou fascínio?

Para mim ambas as situações coexistem. A relevância de cada uma tem  alternado várias vezes. Mas não podemos ignorar a IA.

Qual tem sido a sua ocupação favorita?

Com o Covid mudei para fora de Lisboa. Estou a conseguir com maior frequência ver nascer o sol, enquanto passeio a cadela na praia.

Se tivesse mais uma vida o que faria com ela?

Durante muitos anos pensei que seria interessante ter um empenho prioritário na actividade política. Hoje assumo que não seria uma boa via, e que estaria confortável com um percurso como o  que tenho tido, com os naturais ajustes que resultam da experiência.

O que gostaria que fosse diferente no mundo em que vivemos?

A natureza humana é complexa. Há situações que se manterão por muitas gerações, ou para sempre, e não vale a pena ter a ilusão  que vão terminar. Como objectivos realistas, menos guerra, menos desigualdade, menos pobreza. Mais compromisso, mais solidariedade.

O que gostaria que se mantivesse?

O progresso científico, o aumento da esperança média de vida, com qualidade.

Qual a sua fonte principal de notícias actualmente?

As clássicas, imprensa, TV, Rádio, ao vivo ou no digital. Continuo a resistir às redes sociais. Serei dos poucos?

Que livro recomendaria nesta altura?

A quem queira reflectir sobre o Portugal contemporâneo e a situação política, “O Essencial da Política Portuguesa”, organizado pelo Jorge Fernandes, Pedro Magalhães e António Costa Pinto (Edição Portuguesa do Oxford Handbook of Portuguese Politics).

Qual foi o último espectáculo a que assistiu (cinema, teatro, concerto…)?

Ainda não recuperei o ritmo pré Covid. Fui ao cinema ver o “TÁR” do Todd Field. Gostei.

Lojas físicas ou comércio electrónico?

De preferência lojas físicas, mas hoje em dia não se pode dispensar o comércio electrónico.

Qual a sua banda sonora para estes dias?

Estou num período revivalista. No jazz neste momento Charlie Parker. Da minha juventude Creedence Clearwater Revival.