Uma questão de Instinto

 Em Coaching, Desenvolvimento

Já aqui falei de Billions, uma série de televisão que nos mostra o pior e o melhor das pessoas. Um dos personagens da série é uma conselheira que está ao serviço de uma empresa de transacções financeiras ao mais alto nível. Um dos últimos episódios que vi tem uma cena entre a conselheira (Wendy Rhoades) e uma empregada (Taylor Mason), Quadro (mais que) Superior. São apenas uns minutos em que Wendy questiona Taylor acerca de um desafio que esta tem pela frente. Taylor é totalmente racional e lógica, nela as emoções estão sob alto controlo. Quase que poderíamos dizer, até pelo seu físico, que se trata de um robô.  Wendy confronta-a com uma nova perspectiva sobre o instinto:

Wendy –  Parte de ti quer esse desafio. Parte de ti tem medo e parte de ti odeia-se por querer que ele seja preso para teres oportunidade de ver.

Taylor – Sim. Mesmo agora vejo o que valho como se ele já não estivesse cá. E a ideia de não conseguir…

W – Os sucessos mensuráveis são sedutores. Especialmente quando somos novos. Mas no que toca a lidar com outros seres humanos temos de nos guiar pelo instinto.

T –  Não confio no instinto.

W – É porque estás a defini-lo de forma espiritual. Não faças isso. Pensa no teu instinto como a parte mais profunda de ti. A parte que consegue fazer cálculos internos ao mais alto nível. O Axe, no seu melhor, faz isso. Queres estar ao nível dele na forma mais pura, mais profunda? Então também tens de o fazer. Identifica-o. Separa-o dos teus medos, esperanças, das outras vozes na tua cabeça. Porque se não cultivares o instinto e o escutares, estás condenada.

Imagine o que é cultivar o instinto em nome de um propósito decente.