Com Carlos Lacerda – Regional Vice President na SAP

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1.Como descreve o seu estado de espírito actual?

Estou bastante otimista. Pois profissionalmente e pessoalmente todos os projetos nos estão a correr muito bem e a pandemia proporcionou-me a oportunidade de estar mais perto da família, o que se traduziu numa maior qualidade de vida. Sinto a falta do convívio pessoal com os nossos amigos, mas penso que com a campanha de vacinação estamos num caminho acelerado para a imunização da população e gradualmente, de forma segura, normalizar o nosso convívio, mantendo os benefícios que a pandemia nos trouxe, nomeadamente o do trabalho remoto.

2. Qual o seu maior receio neste momento?

Preocupa-me a taxa de desemprego provocada pela pandemia e o seu impacto social, mas também me dá mais convicção para o envolvimento em projetos que criarão mais empregos e um maior sentido de missão para contribuir para a recuperação do país.

3. Qual a maior extravagância que por estes dias lhe apetece fazer?

Tirar uns meses de férias e passá-los com a minha família no Douro.

4. Qual a frase/expressão que mais tem utilizado ultimamente?

“you are on mute”.

5. Fez alguma descoberta acerca de si próprio durante o confinamento?

Sim, como conseguir manter uma produtividade elevada sem a necessidade de viajar intensamente como fazia anteriormente.

6. Fez alguma descoberta acerca dos que lhe são próximos durante o confinamento?

Sim, estamos muito mais tempo juntos, sendo o convívio mais intenso, permite-nos ter uma melhor perceção do que os outros sentem, trocar frequentemente opiniões sobre os diferentes projetos e entreajudarmo-nos mais.

7. Qual tem sido a sua ocupação favorita?

Ajudar a minha mulher no relançamento da nossa quinta (vineadouro.com) no Douro e também ter-me tornado um assistente de cozinha razoável.

8. Se tivesse mais uma vida o que faria com ela?

Dedicava-me mais à minha família e começaria muito mais cedo o nosso projeto de recuperação da Quinta no Douro.

9. O que gostaria que fosse diferente depois do Covid 19?

Que não tivéssemos mais confinamentos e que pudéssemos livremente disfrutar do convívio presencial com os nossos amigos. Gostaria muito de ver um forte relançamento das atividades culturais.

10. O que gostaria que se mantivesse?

Que o trabalho remoto tivesse vindo para ficar, pois proporciona-nos maior qualidade de vida, é mais sustentável e, principalmente, permite um convívio familiar mais intenso e próximo.

11. Qual a sua fonte principal de notícias actualmente?

A imprensa on-line e a troca de opiniões sobre os temas de atualidade com a minha família e os nossos amigos (virtualmente claro!)

12. Que livro recomendaria nesta altura?

A cidade e as serras de Eça de Queirós, porque combina a crítica social, a comédia e, principalmente, o contraste entre a cidade e a aldeia, que nos dias de hoje converge, para nós, pela possibilidade de estar ligado ao mundo, com a qualidade de vida do campo.

13. Qual foi o último espectáculo a que assistiu (cinema, teatro, concerto…)?

Concerto de Jazz no CCB.

14. Como alia a paixão pela produção de vinho e a tecnologia?

A vida é feita de equilíbrios, gosto muito do contraste proporcionado por liderar projetos de tecnologia de ponta em vários pontos do mundo e pela tranquilidade e beleza proporcionadas pela região do  Douro, a simplicidade e caráter da sua gente, combinada com a realização da produção de vinho e das atividades de enoturismo, projeto liderado pela minha mulher e partilhado com paixão por toda a família.

15. Qual a sua banda sonora para estes dias?

Alexis Ffrench, num fim de tarde no Douro…