Atenção à geração ómega
Segundo Jordan Greenhall, que tem estado na génese de algumas das tecnologias mais disruptivas, a geração que “não se lembra de nada antes do 11.09.2001” e que define como Ómega, vai enfrentar três grandes desafios colocados por três grandes perguntas:
Ω Como vai ser a relação da Humanidade com o ambiente?
Ω Como vai ser a relação da Humanidade com a Tecnologia?
Ω Como vai ser a relação da Humanidade consigo própria?
As suas previsões têm tanto de utópico como de assustador ou de esperança, o que dá pano para mangas para reflectirmos sobre o que estamos a tempo de fazer com uma geração que ainda não está completamente formada. A resposta a estas questões, ou a sua resolução, vai trazer um mundo diferente e, de acordo com JG, evidenciará o fim de uma era. Ele arrisca mesmo profetizar que esta será a última geração humana, pelo menos de acordo com o que entendemos por humano hoje.
Deixo aqui alguns dos argumentos utilizados pelo autor para ter destacado estas três questões:
Ω Para que o efeito devastador da maneira como lidamos hoje com o ambiente não caia nos ombros desta geração, é absolutamente imperativo a “procura colaborante da verdade”. O diálogo e os consensos tendem a acabar e é preciso aprender a coordenação entre uma Humanidade onde todos têm poder. É a utopia construída de necessidade em vez de aspiração.
Ω O avanço da tecnologia, já sabemos, é exponencial, o que significa que nos próximos 20 anos teremos um milhão de vezes mais capacidade tecnológica. Para termos uma ideia do que isto significa o autor dá este exemplo: “imaginem a passagem directa da invenção da escrita manual para o computador, numa só geração”. Os seres humanos tal como os conhecemos hoje não fazem a mínima ideia de como adaptar-se a este avanço. Esta geração vai descobrir como.
Ω Vai ser necessário criar e desenvolver inteligência colectiva para dar resposta às duas primeiras questões. Essa vai ser a grande tarefa da geração ómega que será, na opinião do autor, a verdadeira geração global. A nossa tarefa é dar-lhes a possibilidade de lá chegarem.
Como vamos preparar esse caminho? Podemos começar por trabalhar a inteligência colectiva no mundo das organizações, distribuindo o poder e criando espaço para uma colaboração em que é possível discordar.
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