Riscos desnecessários

 Em Cultura de Empresa, Gestão de Talento

Recentemente uma pessoa que foi identificada para uma posição crítica numa empresa informou aquela onde trabalha que ponderava aceitar uma oferta da concorrência. A viver um momento de transformação, este anúncio apanhou de surpresa a organização para, logo a seguir, soarem os alarmes.

Era tida como uma pessoa identificada como elevado potencial e crítica para o momento que a empresa está a viver. Só que ainda não sabia, ninguém lhe tinha feito saber que assim era. Por isso mesmo e porque tem consciência do seu valor, estava disponível para uma mudança. Claro que jogou muito bem com os dois lados, ao conseguir que a empresa que a atraiu lhe fizesse uma oferta generosa em relação às condições que detinha e, posteriormente, que a sua empresa cobrisse essa oferta, elevando assim a sua remuneração exponencialmente. Por esse motivo, também, lhe foram atribuídas novas responsabilidades. De repente foi um mundo novo que se abriu e a pessoa em questão permanece na mesma empresa.

Porque é que há empresas que ainda correm riscos em relação às pessoas que estão identificadas como sendo críticas para o negócio é algo que não deixa de me surpreender. Por outro lado o que significa para essas pessoas terem sido mantidas, às vezes durante alguns anos, com condições inferiores ao seu real valor para a empresa e só sob “ameaça” serem reconhecidas?

Como está a empresa a gerir as pessoas identificadas como talentos? Não basta identificá-las e reagir de maneira avulsa. É necessário um plano para esse talento identificado e sobretudo manter a comunicação aberta com os olhos e os ouvidos bem atentos. Para já, nos primeiros tempos a empresa tem todas as condições para ver as suas exigências cumpridas e a pessoa em causa estará com a motivação em alta. Até quando?